Quando se fala de Óscares o que regra geral nos vem à mente é: filmes, actores, e vestidos deslumbrantes, na minha não é excepção, mas há muito mais para além disso e passados os momentos do Red Carpet acabo sempre por me focar no outro lado da cerimónia. Para quem vive no mundo dos interiores, quando se fala em óscares o que se destaca são os cenários, a decoração e, durante a cerimonia, o palco que faz parte da arquitectura efémera que tanto gosto.

Todos estes cenários são espaços efémeros e de duração limitada, mas ainda assim são levados ao pormenor. Este ano não foi excepção e a cerimonia estava perfeita. Pavimento preto com um meio círculo gigante delimitado por óscares brancos que pareciam estar encastrados; “sois” em chapa metálica de diferentes tamanhos e texturas; candeeiros “pendurados” numa estrutura quadricular e estatuetas agrupada em altimetrias diferentes. Ao longo da gala criam-se vários ambientes a lembrar os filmes nomeados, e vão surgindo mini espaços efémeros como a Ponte Edmund Pettus de Selma, e o bosque para a actuação de Lady Gaga, antes da anunciação do Oscar de melhor banda sonora original. Cadeias de ADN iluminadas no interior em alusão ao filme A Teoria do Tudo, painéis gráficos alusivos ao The Grand Budapest Hotel, foram alguns dos cenários criados para a ocasião.

Quem não viu a cerimónia em directo aproveite agora, que já viu os vestidos em tudo o que é lado, para reparar nestes pequenos pormenores que fazem toda a diferença.